sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Concrecoisa Céu



Cada pessoa tem um céu para voar.

O voo é o princípio da liberdade que se alongo ao céu.

Pois o céu não tem fronteiras, não tem chão, não tem âncoras para prender quem quer que seja.

No voo solitário, o pássaro se encontra em liberdade no infinito céu, que é parte de seu corpo, um corpo coberto de penas livres.

No voo solitário do homem, o céu é a possibilidade que se apresenta; uma possibilidade para se encontrar ou se reencontrar.

Cada pessoa, assim, tem um céu para se encontrar, caso queira ter algo para se encontrar.

Pois para voar.

Basta viver.

No seu céu.

Aqui, a Concrecoisa é o meu céu!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Concrecoisa Zen Fez Bem



Gosto das coisas ancoradas na filosofia zen.

É incrível como nos distanciamos deste mundo de contemplação intuitiva da coisa zen e passamos a nos alimentar de estresse.

Então, quando o amadurecimento da vida chega, abre-se uma fresta de possibilidade zen no peso dos anos.

Mas como o tempo conspira contra tudo, contra nós, a fresta que se abrira fecha-se em si.

E tudo finda sem o zen que só faz bem.

Aqui na Concrecoisa Zen Fez Bem, o que digo se transforma numa simples equação, que é a seguinte:

Fez+Bem+Ser+Zen+Meu+Bem=Felicidade

É isso!

O bem do zen lhe convida todos os dias para a felicidade das coisas simples.

Aceite o convite antes do amadurecimento do seu tempo.

O primeiro estado zen ninguém nunca esquece!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Concrecoisa Roda-viva



A vida traz ao longo do tempo as marcas das quedas e das levantadas.

São os altos e baixos naturais da roda-viva.

Ao cair, no primeiro tropeço, os desapontamentos chegam com lágrimas, tristeza, abatimento e desilusão.

Superar a queda significa compreender a possibilidade de assunção, uma assunção que remete à subida do corpo e alma da virgem Maria ao céu.

Levantar, então, é o milagre da anulação da queda, a glória da superação.

Levantar é também uma fortaleza que construímos dentro de nós mesmos, uma amálgama gerada no turbilhão da roda-viva.

E assim tecemos a história de nós mesmos: caindo, levantando, sacudindo a poeira e dando a volta por cima.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Concrecoisa Curva



Fiquei, ontem, de cara lavada, olhando a linha do horizonte.

Contemplei aquela linha reta imaginária que ficava entre o céu e a Terra.

Antes de ir embora, racionalizei o olhar. Foi preciso!

Depois de quase uma hora de observação, sabia que estava enxergando uma linha curva.

Aprendi na escola que a linha reta do horizonte é a linha curva da Terra.

Já no carro, em mais um insuportável engarrafamento em Salvador, voltando para casa, matutei: se o que é curvo é reto, então, que é reto pode ser curvo.

E assim nasceu a Concrecoisa desta semana, que é a foto de uma peça curva.


Perto de terminar a elaboração da imagem concrecoisada, surgiu uma frase mágica em respeito às igualdades: curva é reta graciosa que requebra.

Quero dizer, em outras palavras, que, se por um lado tem gente que prefere as paralelas, por outro lado tem gente que prefere as curvas da estrada de Santos, como Roberto Carlos.

Se cada um respeitar o gosto do outro, o mundo ficará feliz e melhor.

Reta e curva: tudo uma coisa só!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Concrecoisa Corrente



A mesma corrente que liga, pelos elos, unindo a parte de uma parte, representa também a possibilidade de liberdade quando um dos elos se parte.

Assim, um pedaço de corrente pode representar a liberdade pela ausência de uma amarração.

Desde sempre, a corrente é um pedaço corrente (que corre) em liberdade.

Sobre a foto que representa este pequeno discurso, informo que foi tirada em julho deste ano de 2013, quando deixava o Palácio Pitti, em Florença, na Itália, local que é fonte inesgotável de inspiração de concrecoisa.

Uma pequena consideração estética sobre a foto em preto e branco: as diagonais dão o movimento e o espaço vazio, onde não há corrente, pode ser a corrente que cada um carrega dentro de si.

Descubra o resto que a concrecoisa pode lhe dizer, na lacuna visual, apreciando com acuidade a forma recheada por simples e ao mesmo tempo densas palavras.