Dorinelson
era glutão.
O
seu garfo parecia uma pá de escavadeira.
Cada
bocada significava um prazer sem fim.
Biritel,
amigo de infância, era o cara da faca.
Como
o seu pai foi açougueiro em Copecarinhanha, essa habilidade de cortar foi
preservada.
Mirtiteia,
prima de Biritel, era a mulher da colher.
Ela
casou com Dorinelson.
Na
noite de núpcias, Mirtiteia disse ao marido que a brincadeira ia começar se ele
fosse capaz de tomar um prato de sopa com o seu garfo de aço.
Desesperado,
ele só foi entender que existe colher no mundo quando viu a sopa esfriar.
E
Mirtiteia já dormia que nem uma criança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário